Obesidade x Televisão

A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura, que traz prejuízos a saúde. Nos últimos anos a obesidade vem afetando até mesmo em crianças. Uma das tentativas das autoridades em saúde no Brasil para diminuir esse problema foi a regulamentação da publicidade infantil. Infelizmente, alguns setores menos conscientes desse país, impediram que a regulamentação da publicidade fosse concretizada. O argumento utilizado por eles foi que já havia uma autoregulamentação feita pelas próprias empresas de alimentos. Os dois primeiros documentos editados pelas autoridades de saúde relativos a essas iniciativas foram a Consulta pública 71 e RDC 24/2010 . Ambos tem como propósito a regulamentação da publicidade infantil, pois o número de propagandas não saudáveis vem aumentando e também de crianças com excesso de peso.

Em 27 de agosto de 2010 foi publicada pesquisa do IBGE (POF2008/09) sobre o estado nutricional da população brasileira. O número de pessoas desnutridas vem diminuindo, entretanto as com obesidade vem aumentando. No caso das crianças de 5 a 9 anos, nos últimos 20 anos, as prevalências de obesidade quadruplicaram entre os meninos (4,1% para 16,6%) e praticamente quintuplicaram entre as meninas (2,4% para 11,8%). Destacando-se que 33,5% dessa população está com excesso de peso (sobrepeso e obesidade). No caso dos adolescentes o número de meninos com obesidade é de 5,9% e meninas 4,0%. É interessante perceber que o número de crianças com obesidade é maior do que de adolescentes. Isto ocorre, talvez por que esses, tem uma preocupação maior com a estética, e também por conseguirem não serem enganados por propagandas que estimulam a alimentação ricas em gorduras, açúcar etc.

Sabe-se que a obesidade tem causa multifatorial, envolvendo fatores ambientais e genéticos. A propaganda de alimentos não saudável, é um dos importantes fatores envolvidos nesse problema. A própria Organização Mundial de Saúde, já sinalizou esse ano sobre a necessidade de regulamentação da publicidade por parte das entidades governamentais, visto que a autoregulamentação não tem surtido efeito sobre esse problema.
Fonte: IBGE